Nova faixa impulsiona oferta de imóveis do MCMV em Curitiba, capital com maior valorização imobiliária do país

Nova faixa impulsiona oferta de imóveis do MCMV em Curitiba, capital com maior valorização imobiliária do país A oferta de crédito imobiliário para famílias com renda mensal de até R$12 mil, por meio da nova Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida deve ter impacto significativo em cidades com alto valor do metro quadrado residencial, como Curitiba (PR). A avaliação é do sócio e diretor-executivo da JBA Imóveis, Ilso Gonçalves, analista do mercado imobiliário da capital e Região Metropolitana. Com o valor médio de R$10.700 o metro quadrado, o apartamento de 50 metros quadrados custa atualmente, em Curitiba, R$535 mil em média: valor próximo do novo teto. “Isso deve aumentar significativamente a oferta de produtos no mercado local, antes bastante limitado para o Minha Casa, Minha Vida em função da alta valorização imobiliária da capital, que chegou a 18% no ano passado. O cenário começa a mudar com o novo teto e entram no radar do programa casas térreas e sobrados de até 70m², com três dormitórios, além de apartamentos com até 60m², o que efetivamente atende à demanda da família de classe média”, explica. Segundo Gonçalves, a expectativa é de que os imóveis novos sejam os principais beneficiados pela Faixa 4. Isso porque o financiamento do MCMV cobre até 80% do valor total, enquanto, para imóveis usados, o percentual é de 60% nas regiões Sul e Sudeste. “A realidade é que a maioria dos compradores têm apenas os 20% da entrada, o que torna a compra de imóveis novos ou na planta, pelo programa, uma escolha mais viável. E quem tem um valor maior guardado pode se beneficiar também de taxas de juros menores”, completa. O programa Minha Casa Minha Vida foi ampliado, neste mês, com a criação da Faixa 4, que inclui imóveis de até R$500 mil. A nova faixa permite fazer o financiamento em até 420 meses, com juros nominais de 10% ao ano, abaixo das taxas atuais de mercado, que ficam acima de 11,5%. A medida, segundo o Governo Federal, tem um potencial de atendimento inicial a 120 mil famílias, e deve atender 3 milhões de moradias até 2026. De acordo com o diretor da JBA, a ampliação do programa deve amenizar o cenário de retração no crédito imobiliário e impulsionar lançamentos no Centro de Curitiba. “Muitas construtoras estão adaptando projetos para atender essa faixa, com apartamentos em regiões centrais e também casas e sobrados em bairros. Com a entrada da Faixa 4, o Minha Casa, Minha Vida deve ganhar fôlego e ampliar o alcance em capitais com o setor já aquecido, como Curitiba”, avalia. De acordo com dados da Ademi-PR (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná), somente em 2024, o crescimento no número de apartamentos lançados na capital foi de 47%, com mais de 10.500 unidades colocadas no mercado. As vendas acompanharam esse ritmo, com 10.514 imóveis comercializados e um volume financeiro que chegou a R$8,4 bilhões, um aumento de 44% em relação ao ano anterior. AGENDE AGORA UM BATE PAPO COM NOSSA EQUIPE
Novos lançamentos do MCMV e alta nos financiamentos para classe média devem aquecer mercado imobiliário da Grande Curitiba em 2024

Novos lançamentos do MCMV e alta nos financiamentos para classe média devem aquecer mercado imobiliário da Grande Curitiba em 2024 Com ciclo de redução da Selic e impacto nos juros do crédito habitacional, além da expectativa de nova ampliação do Minha Casa, Minha Vida, ano deve ser de reaquecimento das vendas imobiliárias de médio padrão na capital e Região Metropolitana Depois de um 2023 marcado pelos resultados positivos nos financiamentos de imóveis de interesse social e, na outra ponta, nas vendas de apartamentos de alto padrão, a expectativa para 2024 é de reaquecimento do “carro-chefe” do mercado imobiliário nacional: a classe média. Como efeito do ciclo de redução da Selic e, por consequência, da queda nos juros do crédito habitacional, a tendência é da retomada das vendas no mercado imobiliário de médio padrão, com reflexos em Curitiba e também nos municípios da Região Metropolitana, de acordo com análise do diretor da JBA Imóveis, Ilso Gonçalves. Segundo o analista do mercado imobiliário regional e também diretor do Secovi-PR (Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná), os lançamentos do MCMV (Minha Casa, Minha Vida) também devem marcar o reaquecimento das vendas imobiliárias, com efeito não apenas nos municípios vizinhos, mas na própria capital. Além do aumento do teto do programa para R$ 350 mil, que viabilizou a execução de habitação com interesse social em Curitiba, a expectativa de ampliação do programa para a classe média deve ter efeito positivo nas vendas imobiliárias, principalmente a partir do segundo semestre. No início de 2024, o ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou a intenção do governo federal de criar a “faixa 4” do programa, para contemplar famílias com renda de até R$ 12 mil. De acordo com o diretor da JBA, é esperado um volume importante de lançamentos imobiliários voltados ao MCMV em Curitiba e Região Metropolitana ao longo do ano. “Em particular, as regiões Norte e Sul da capital paranaense têm o espaço e o perfil de ocupação geográfica que permitem a expansão de empreendimentos imobiliários com as características e condições do Minha Casa, Minha Vida. Se comparado com o de outras capitais, como Goiânia, o preço da terra em Curitiba impedia a viabilização do programa e havia poucos lançamentos com essa finalidade. Agora, passou a ser interessante fazer prédios em Curitiba para oferta de apartamentos financiados pelo MCMV. Essa é claramente uma tendência para o crescimento das vendas na capital e, com mais força, para as cidades da Região Metropolitana”, aponta. Entre as principais vantagens do financiamento de imóveis do MCMV estão subsídios dos programas habitacionais dos governos estadual e federal: de até R$ 20 mil na entrada, por parte do programa “Casa Fácil Paraná” da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), e de até R$ 55 mil, por parte do governo federal. “Para sair do aluguel e realizar o sonho da casa própria, é importante aproveitar ao máximo as oportunidades trazidas por esses incentivos públicos. Além disso, os juros de financiamento do MCMV são mais baratos que os praticados nos empréstimos normais e representam uma diferença significativa na parcela do cliente, tornando, em muitos casos, a prestação mais baixa do que o valor mensal da locação”, explica. O aumento dos preços dos aluguéis acima da inflação e alta acumulada em Curitiba de 20,70% somado ao crescimento das concessões de crédito imobiliário – de 4% em 2023 -, puxado pelo uso dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), também devem impulsionar a retomada das compras de moradias de classe média, com valores acima de R$ 350 mil, segundo o analista. A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) prevê crescimento do uso de crédito habitacional, em 2024, da ordem de 3%. Com a soma de quase R$ 260 bilhões em concessões de crédito imobiliário no ano, o resultado pode ser o melhor da série histórica. Outra tendência para o mercado imobiliário curitibano em 2024 é o crescimento das vendas de apartamentos compactos e super compactos para investidores. Entre os fatores que influenciam o aquecimento das vendas para investimento estão o crescimento da procura por modalidades de locação flexível, para curtas e médias temporadas, e a valorização imobiliária da capital. Dados do índice FipeZap mostraram que Curitiba está entre as cinco cidades brasileiras com maior valorização do metro quadrado nos últimos cinco anos. De 2018 a 2023, a alta foi de 56,58% na capital paranaense. AGENDE AGORA UM BATE PAPO COM NOSSA EQUIPE