Educadora de escola pública é eleita “Professora do Ano” com projeto de valorização da diversidade étnico-racial brasileira

Educadora de escola pública é eleita “Professora do Ano” com projeto de valorização da diversidade étnico-racial brasileira O portal de conteúdos escolares Toda Matéria, campeão de audiência entre professores e estudantes de todo Brasil, anunciou os vencedores da 3a edição do Prêmio Professor do Ano, concurso nacional que elege o melhor educador do país. A escolha foi feita por comissão julgadora especializada, que avaliou os projetos de 831 professores indicados por seus alunos e ex-alunos, além de pais e profissionais da área de Educação. Como nos anos anteriores, a data escolhida para o anúncio do resultado foi 15 de outubro, Dia do Professor. Em 2024, o título de Professora do Ano foi concedido à professora Cleide da Silva Magesk, de 46 anos, que leciona no CIEP (Centro Integrado de Educação Pública) Filinto Müller Brasil-China, da cidade de Duque de Caxias (RJ). Ela é a idealizadora do projeto “Trançando Histórias”, que trabalha a valorização da diversidade étnico-racial brasileira, por meio da história dos cabelos entrançados. Com atividades voltadas à educação antirracista, a professora envolveu os alunos do Ensino Médio integral no debate sobre o resgate das origens e ancestralidade da cultura afro-brasileira. Na avaliação do júri, o projeto promove a “integração, equidade, responsabilidade social e não-discriminação, além de perpetuar o encontro de histórias que se entrelaçam”. Para a professora escolhida, que é formada em Letras Português e Literatura pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o título reflete o resultado de um trabalho coletivo. “Digo aos meus alunos que nenhum trabalho é pequeno diante da nossa vontade de fazer o grande. Sou apaixonada por eles. Busco integrar a arte em tudo o que posso e procuro sempre apontar o caminho e preparar meus alunos para a sociedade, revelando a eles que todos podem ser e fazer o que quiserem e que devem se reconhecer como partícipes do fazer pedagógico”, afirma. Com mais de 18 anos de magistério, a professora recebeu o Prêmio Professor do Ano Toda Matéria como uma demonstração de reconhecimento dos próprios alunos. “Sempre sonhei em ser professora. Mas, infelizmente, por conta da desvalorização da nossa classe, baixos salários e casos de violência que sabemos que existem nas escolas, não há como romantizar a nossa profissão. Merecemos muito mais reconhecimento. Quando recebi a ligação anunciando a vitória no Toda Matéria, foi uma felicidade tremenda. É algo que mostra que estou no caminho certo. Enquanto minha sala de aula for meu mundo, vou tentar mudar esse mundo”, conclui. O título Professor do Ano foi o quarto prêmio que o “Trançando Histórias” conquistou. O projeto já recebeu o reconhecimento de Melhor Prática Educacional, pelo Seeduc – RJ; Melhor Prática em Educação Antirracista da Baixada Fluminense e Melhor Prática em Educação antirracista, pelo PORVIR – Inovações em Educação. A comissão julgadora do portal Toda Matéria para o Prêmio Professor do Ano 2024 foi composta por quatro especialistas em Educação: a professora, linguista e lexicógrafa do Dicio, Débora Ribeiro, a professora especialista em Educação Artística e Fotografia do Toda Matéria, Laura Aidar; a professora especialista em Letras e Magistério do Toda Matéria, Márcia Fernandes, e o professor e especialista em Matemática e Física do Toda Matéria, Rafael Asth. Eles avaliaram todas as indicações, com base nos critérios descritos no regulamento do concurso: relevância do trabalho, reconhecimento externo, potencial impacto de sua ação na comunidade e a consistência das informações apresentadas. Somadas as três edições do Prêmio, já foram indicados e avaliados 3.785 professores e seus projetos. Neste ano, além da Professora do Ano, o portal Toda Matéria também premiou outros cinco professores, que receberam uma “Menção Honrosa” pela qualidade dos trabalhos educacionais apresentados. “Reconhecer, pelo terceiro ano consecutivo, os professores que se dedicam com tanto empenho à sua profissão e às comunidades onde atuam é mais do que gratificante; é a materialização de uma parte importante da nossa missão: transformar vidas. Mais uma vez, recebemos inúmeras candidaturas, avaliamos projetos inspiradores e testemunhamos impactos que vão muito além das salas de aula. É essencial parabenizar todos os envolvidos: os que indicaram e os nomeados, que são as pessoas que dão sentido ao prêmio. Aos vencedores, digo: este reconhecimento é apenas um incentivo para que continuem fazendo a diferença“, afirma o CEO da 7Graus, responsável pelo portal Toda Matéria, Rui Marques. A Professora do Ano recebeu Certificado do Prêmio Toda Matéria, computador portátil da marca ACER, smartphone, vale viagem no valor de R$ 5 mil, trilha formativa de 20hrs – “Caminho das Pedras”, oferecida pela Escolas Criativas, além de presentes dos patrocinadores do concurso. Os educadores contemplados com Menção Honrosa também receberam a trilha formativa, vale-presente de R$500,00, e brindes dos patrocinadores. Os professores contemplados são Wendel Vasconcelos Sampaio, da Escola EEEFM Lions “Sebastião de Paiva Vidaurre”, de Cachoeiro de Itapemirim (ES); Manoel Messias da Silva, da Escola ECIT João Pereira Gomes Filho, de João Pessoa (PB); Janiglécia Tavares Lopes, da Escola E.M.E.I.E.F. José Romão de Jesus, em Serra Branca (PB); Jéssica Katiuscia de Lima Akamine, da Escola Emef/Eja Padre Leão Vallerie, de Campinas (SP), e Ludmilla Rayanne Santos de Sousa, do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, de Pirenópolis (GO). O Prêmio Toda Matéria Professor do Ano 2024 é patrocinado pela FTD Educação e tem o apoio de Direcional Escolas, Cultura Genial, Acer e portais texxto.ai, Pensador e Sinônimos. Sobre a FTD Educação Há mais de 120 anos, a FTD Educação tem como missão transformar o futuro por meio da Educação, pensando além e inspirando a descoberta, a escolha, a liberdade e a cidadania. Reconhecida como uma empresa inovadora, parceira, flexível e humana, é movida pelo slogan “Conectamos histórias. Construímos futuros”. Sua proposta é integrada para escolas, estudantes, professores e sociedade e conta com: materiais didáticos e de literatura; soluções educacionais (com suporte para escolas, consultoria educacional, formação de professores, entre outros); novas tecnologias (ferramentas que ampliam possibilidades de ensino dentro e fora da sala de aula); obras e serviços que envolvem a família na busca por uma educação completa. Para mais informações, acesse: www.ftd.com.br. Sobre o Toda Matéria Criado em 2011 pela
Nova série das Rádios Evangelizar homenageia professores com histórias emocionantes

Nova série das Rádios Evangelizar homenageia professores com histórias emocionantes “Ao Mestre Com Amor” destaca a importância do Magistério na construção de um mundo de paz e de solidariedade Durante o feriadão da Padroeira do Brasil e na semana em que se comemora o Dia dos Professores, 15 de outubro, as rádios Evangelizar FM 99.5, FM 90.9 e AM 1430 levam ao ar uma nova série de entrevistas, que promete não só prestar a digna homenagem a estes profissionais, mas também emocionar os ouvintes com histórias de coragem, determinação e fé. A nova produção “Ao Mestre Com Amor” será apresentada em quatro episódios, com transmissão pelas Rádios Evangelizar e em vídeos nas redes sociais das emissoras e no canal do YouTube entre os dias 12 e 16 de outubro. Nas FM 99.5 e FM 90.9, a nova série será exibida das 9h às 10h, no programa “Viva com Alegria”, com o Diácono Felipe Alves. Já na emissora AM 1.430 MHz, ela entra no ar das 11h às 12h, durante “A Hora do Associado”. A reprodução desses programas também poderá ser conferida nos canais do YouTube das Rádios (às 18h) e nos perfis do Facebook e Instagram. Inspiração Um vídeo que viralizou na internet em 2019 e que costuma, desde então, ser compartilhado nessa época do ano inspirou a criação da nova série “Ao Mestre Com Amor”. Nele, a professora Jaciara Carvalho, de uma escola de ensino integral em Madre de Deus, na Bahia, é surpreendida pelos alunos no momento da chamada. Cada estudante presente, ao ouvir seu nome, levanta um cartaz em que manifesta toda sua gratidão e carinho por ela. “Vendo aquelas imagens emocionantes, surgiu a ideia de ‘Ao Mestre Com Amor’”, conta Arnaldo Fraga, coordenador Operacional da Rádio Evangelizar e idealizador da série. Em 2021, quando soube da tragédia em uma creche pública de Santa Catarina, que resultou na morte de crianças e de uma professora do ensino fundamental, a ideia ganhou força. “Aquele ataque comoveu a todos que sentiram a dor das famílias. A série foi pensada para exaltar os professores e alunos que respeitam os docentes e não alimentam a violência. É parte da nossa contribuição, enquanto comunicadores, reproduzir as lições aprendidas com esses mestres em sala de aula e promover essa outra realidade, da fé, do amor e do respeito”, conclui. Reconhecimento e gratidão Em um dos episódios, o professor de Matemática Rubens Ferronato, que é especialista em inclusão social, conta como criou um método próprio para garantir a efetiva participação e aprendizado dos alunos com deficiência na turma de ensino regular, além de estimular a convivência fraterna e solidária entre os estudantes. Aos 60 anos, o filho de agricultores lembra que ajudou os pais no trabalho da lavoura desde muito cedo. Tanto que, aos 11 anos, era o único aluno de sua idade a estudar no período noturno. Em 2018, o professor foi um dos finalistas no Global Teacher Prize, prêmio considerado o Nobel da Educação, entre 30 mil indicações de 173 países. Para evidenciar o reconhecimento e a gratidão da sociedade aos professores, “Ao Mestre Com Amor” também convidou alunos de escolas públicas da periferia de Curitiba para compartilharem histórias de superação. Em entrevista às Rádios, Gabriel Genivaldo dos Santos, morador da Vila Torres, relatou sua experiência de ter discursado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, Suíça, em setembro de 2018, sobre a violência nas escolas e a liberdade de expressão. “Chamou minha atenção perceber que, lá na Suíça, as escolas não têm muros”, conta. “Os alunos saíam para almoçar em restaurantes e voltavam. Percebi que isso significava que eles não queriam sair da escola, muito diferente de uma obrigação ou imposição de estarem lá”, acrescenta. AGENDE AGORA UM BATE PAPO COM NOSSA EQUIPE